Quanto custa seu sonho? Saiba como diagnosticar, sonhar, orçar e poupar para realizá-lo
- Luana Farias
- 10 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Muito se fala, mas pouco se sabe. Você sabe o que é Educação Financeira?

Para inicio de conversa, a Educação financeira vai além do termo "gastar menos do que se ganha". Ela tem como propósito conscientizar os consumidores a tomarem as “rédeas” de suas finanças”, oferecendo estabilidade, equilibro e preparação para o futuro.
Em tempos de instabilidade econômica, a Educação Financeira deve ser premissa na vida de todo cidadão consciente. Seja um servidor público, estagiário ou até mesmo aprendiz, que está começando a vida agora.
Além disso, ela não tem idade. Embora o cenário, em geral, seja muito mais de pessoas devedoras do que investidoras, ainda há chances para uma reeducação. O mesmo vale para crianças. Ao ensiná-las a terem o hábito de guardar dinheiro, eles tendem a crescer com responsabilidade financeira.
Reconstrução
Ronaldo Domingos, doutor em Educação Financeira, escritor, educador e terapeuta financeiro, chama a atenção para a necessidade de uma reconstrução na sociedade para corrigir a ausência da educação financeira. “Não fomos apresentados para o dinheiro”, lamenta.
Ele explica que há quatro pilares para auxiliar e transformar a vida financeira: diagnosticar, sonhar, orçar e poupar.
Diagnosticar
"Diagnosticar é saber para onde está indo cada centavo, é como tirar uma fotografia de sua vida financeira, como se fosse um checkup", explica.
O terapeuta financeiro afirma que é fundamental ter sonhos e propósitos bem definidos, pois, segundo ele, os sonhos são os agentes motivadores da redução de gastos.
"Tente que seus colegas de trabalho também busquem uma reeducação financeira e, principalmente, fazer com que o ambiente de trabalho seja muito mais de pessoas investidoras do que devedoras, o que também vai contribuir na produtividade da equipe, e, para isso, todos precisam estar saudáveis financeiramente", recomenda.
Sonhar
Definir metas e sonhos de curto, médio e longo prazos é o segundo pilar da metodologia do educador. Segundo ele, é o antidoto para combater gastos.
Na corrida contra a publicidade que nos cerca e desperta desejos que não existem, Ronaldo Domingos destaca a importância dos pequenos gastos do cotidiano e explica que são justamente esses gastos que nos distanciam de nossos sonhos.
Ele acentua a necessidade de saber qual o seu sonho, quanto precisa economizar e em quanto tempo vai poder realizá-lo. "Caso contrário, não é sonho, é pesadelo", comenta aos risos.
Orçar
"O orçamento que se aprende é: ganhar, gastar e, se sobrar, fazer. Se não sobrar, vai no crédito. Desde pequeno eu vejo isso. Ganhávamos moedas quando menores e já íamos gastar", relata.
É ai que entra o terceiro pilar, que é orçar. Para o terapeuta financeiro, orçar nada mais é que a garantia dos sonhos.
Poupar
"Quando eu falo em poupar, eu falo em reter e proteger", diz. Ele esclarece que, feito isso, você potencializa o dinheiro guardado.
Porém, Reinaldo admite que tudo em excesso faz mal. "A educação financeira busca ter o equilíbrio entre o ser e o ter", diz.
Reinaldo Domingos sugere uma reunião familiar, colocando os sonhos como pauta principal. Segundo ele, é a família que vai ajudar a fazer tudo isso acontecer, mudando hábitos e comportamentos. "O dinheiro aparecerá quando você souber o dinheiro que entra e o dinheiro que sai", simplifica.
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