Eleita deputada estadual, Isa Penna faz campanha nas redes e angaria público do mesmo movimento
- Luana Farias
- 5 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
“Quanto mais escrevemos nossas histórias nas ruas, menos a grande imprensa e os grandes interessados em eleger o fascismo no Brasil vão ter a possibilidade de manipular a verdade dos fatos.”

Isa Penna, 27, militante do movimento feminista e popular, foi eleita a primeira suplente pelo PSOL de São Paulo em 2016, é advogada trabalhista formada pela PUC-SP. Foi eleita no ano de 2018 a deputada estadual com 53.838 votos e declara que as ruas continuam sendo o principal instrumento para fazer política.
Luana Farias: Como as redes sociais têm ajudado na sua campanha?
Isa Penna: As redes sociais tem sido um dos instrumentos da campanha, temos feito produção de vídeo, produção de imagem que trazem nossas propostas de forma clara. É preciso se posicionar a favor do serviço público, a favor da educação como instrumento para combater o machismo. Mas não é o único meio. As ruas são tão, ou mais importante que as redes. Já que nas redes sociais temos a facilidade para expressar o ódio, despolitizar os debates e disseminar as Fake News. Quanto mais escrevermos nossas histórias nas ruas, menos a grande imprensa e os grandes interessados em eleger o fascismo no Brasil vão ter a possibilidade de manipular a verdade dos fatos
LF: Os debates feitos nas redes sociais podem ser levados de alguma maneira para o Congresso Nacional?
IP: Vão ser levados se nós elegermos mais feministas para o congresso, e tem várias ótimas candidaturas aqui de São Paulo. Precisamos delas lá porque elas são vozes que entram e permeiam e que raqueiam esse espaço deliberativo político da sociedade. Portanto, é fundamental eleger mais mulheres para o Congresso Nacional e assembleia legislativa, mas não só, é preciso não sair das ruas porque só as parlamentares não fazem milagres, é preciso ter a pressão social das feministas.
LF: Você acredita que essa representatividade nas redes aumenta a visibilidade dos problemas sociais e econômicos que afetam as mulheres?
IP: Com certeza. A função desses atos é justamente para dizer que nós mulheres queremos estar representadas na política, mas também na formulação das políticas públicas voltadas para educação, saúde e assistência social.
LF: Como as redes sociais podem ajudar na escolha do foto feminino?
IP: A campanha do João Dória e Bolsonaro tem milhões de reais para colocar nos postes do facebook, nós feministas dependemos do engajamentos das pessoas, então se as pessoas se engajarem, as redes sociais podem sim ajudar na escolha do voto feminino.
LF: Apesar de ser mais de 50% da população, as mulheres ocupam um baixo percentual na política, assim, poucas propostas são feitas para atender as mulheres, como isso pode ser analisado?
IP: A ascensão do movimento feminista contribui com o debate da representatividade feminina, mas ainda não está representado de forma adequada na política e no conteúdo nas políticas públicas com o tamanho dele nas eleições. Mas ainda bem que as mulheres estão se organizado para que nossos debates sejam pautados.
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